Sealed Air mapeia cinco tendências para o consumo de alimentos em 2023

Novos comportamentos do consumidor estão levando as indústrias a investir fortemente em inovação; tecnologia é aliada neste processo

O ano de 2023 será desafiador para a indústria de alimentos, sobretudo por conta da alta de preços, que tem levado os consumidores a realizarem suas compras de maneira diferente. Muitos buscam substituir marcas, outros reduzem as quantidades e há ainda aqueles que optam por comprar em atacado.

“Por conta destes novos comportamentos, a indústria precisa continuar investindo fortemente em inovação para ser capaz atender às necessidades e expectativas do público final”, afirma Ulisses Cason, vice-presidente da Sealed Air para a América Latina.

Embora o consumo de alimentos e bebidas tenha apresentado ligeira recuperação no segundo quadrimestre do ano passado em relação a 2021 (números indicados por um estudo realizado pela KantarWorld Panel Division, no estudo Consumer Insights 2022), o brasileiro está comprando menos unidades cada vez que vai ao supermercado. “Isso demonstra que é preciso oferecer produtos porcionados, com preços proporcionais e voltados para o consumo rápido, ou seja, com o mínimo de desperdício possível”, avalia o executivo da Sealed Air.

A empresa mapeou cinco tendências para o consumo de alimentos. Vale a pena conferir.

1 – Compras de alimentos por diversos canais

A transformação da jornada de compra e comportamento de consumo no Brasiljá é realidade, mas no setor de alimentos ela se aproxima de mansinho, abrindo oportunidades para os players que souberem se posicionar na vanguarda. “Neste cenário, aqueles que investirem em embalagens que que funcionem para qualquer canal, seja na gôndola ou no carrinho do seu e-commerce preferido, levarão vantagens sobre a concorrência”, diz Cason.

2 –Maior procura por hamburguer e demais embutidos

De acordo com a pesquisa da Kantar, há maior variação de gasto na cesta de perecíveis, o que faz com que o frango abra espaço para outras proteínas, como embutidos e hamburguer. A classe C, nas faixas etárias dos 25 aos 34 anos e dos 45 aos 54, vem inclusive consumindo estes produtos no almoço. “Esse mix no lar é reflexo da busca por alternativas, especialmente nas cestas mais afetadas pela pressão inflacionária”, diz o vice-presidente.

3 – Compras fragmentadas e carrinhos de compra menores

Com as famílias menores, as pessoas passam a experimentar novos alimentos, de maneira que a conta caiba no bolso. Este é um movimento que vem sendo observado nos últimos anos, e a tendência é que cada vez mais as pessoas deem preferência às carnes e queijos porcionados, variando as compras e reduzindo os índices de desperdício.

4 – Mais personalização e menos nichos

Outra tendência mapeada pelo especialista da Sealed Air é encontrar caminhos para atender os consumidores de forma mais ampla, em vez de mirar os chamados ‘nichos de mercado’. “As pessoas precisam comer, ponto. E a estratégia para muitas marcas alimentícias maximizarem suas vendas será cada vez mais criar formas de personalização que levem diversos públicos a sentirem que aquele produto foi especialmente desenhado para ele, em vez de voltar suas atenções para um nicho específico”, reflete Cason.

5 – Preocupação com sustentabilidade

A busca pelo zero desperdício” de plástico é outra tendência apontada pelo especialista. Diante da evolução nas exigências de consumo e, também do avanço das políticas de ESG na indústria, a automação deve ser uma aliada dos processadores para se alcançar operações mais sustentáveis e que entreguem produtos com qualidade elevada e mais adequados aos novos padrões de consumo.

Além da excelente aparência, os materiais inovadores utilizados nas embalagens devem otimizar a eficiência operacional. Atualmente, no mercado, existem tecnologias que permitem a redução de até 40% no uso de matéria-prima com equipamentos que eliminam totalmente a ocorrência de sobras do filme e permite que cada produto seja selado utilizando apenas a quantidade necessária de plástico, reduzindo os custos por unidade e tornando a embalagem mais sustentável. “Este é o caminho das companhias alimentícias que procuram atuar alinhadas às expectativas do consumidor das novas gerações”, finaliza Cason.

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