Cooperados da frísia têm, em média, 12% a mais de reserva legal nas propriedades

Código Florestal exige para a região dos Campos Gerais do Paraná 20% de área preservada; produtores também realizam plantio de mudas nativas

A conciliação entre produção agropecuária e preservação ambiental é simbolizada pelos cooperados da Frísia. Responsável pela produção de grãos, proteína animal e leite, os produtores da cooperativa possuem de 10% a 12% a mais de Reserva Legal que a legislação brasileira exige.

O Código Florestal do Brasil define a Reserva Legal para a região dos Campos Gerais do Paraná, no mínimo, 20% da área, tendo os cooperados da Frísia mais de 30%. “Dos mais de 900 cooperados, em média, dentro das suas propriedades rurais, há um excedente de 10% a 12% de reservas naturais. Isso mostra a conscientização ambiental do cooperado”, afirma o coordenador ambiental da Frísia, Francis Bavoso.

Esse dado foi verificado depois que a cooperativa solicitou ao produtor o seu Cadastro Ambiental Rural (CAR). “Há uns cinco anos, começamos a solicitar que todo o cooperado da Frísia nos enviasse o CAR. Verificamos os documentos e chegamos nesse resultado. A Frísia, se não é a única, é uma das poucas cooperativas que tem quase 100% dos CARs dos cooperados”, conta Bavoso.

Sustentabilidade

A família do cooperado João Guilherme Brenner tem uma propriedade no município de Imbituva (PR) há mais de 140 anos. Mais de 50% dos 360 hectares são reserva legal e área de preservação permanente. “Temos uma área de mata de pinheiro, que a minha família preservou, além de áreas de fundo de vale e de banhado”.

Mesmo preservando essa área, não há queda de desempenho nos grãos, forrageira e no rebanho de gado leiteiro. Pelo contrário, Brenner destaca que a produtividade da sua área é “superboa”.

“Fazemos um sistema intensivo de produção de leite, em que todo o dejeto é destinado às áreas agrícolas. Temos separador dos sólidos e dos líquidos, o que ambientalmente é mais amigável”, explica.

“Há uma grande preocupação da Frísia em apoiar os cooperados para que possamos ter a maior produtividade possível nas áreas. A questão dos dejetos é tratada com bastante seriedade, faz as análises dos trechos. É um trabalho que começou há uns quatro anos e está sendo aprimorado. A cooperativa tem toda uma preocupação com o ESG, e os cooperados têm que ser ESG também”, reforça Brenner.

ESG, pode ser traduzido como environmental, social and corporate governance (governança ambiental, social e corporativa) , visa criar critérios e ações para soluções dos desafios que envolvem essas áreas.

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