Ministério da Agricultura confirma que caso de vaca louca é atípico e vai pedir retomada de exportação para a China

caso de vaca louca é atípico

A análise do laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) confirmou, na noite de quinta-feira (2), que o caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) detectado no município de Marabá (PA) é atípico, do tipo H. Isso valida as indicações do corpo técnico do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), feitas anteriormente. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, comunicou imediatamente o resultado à presidência da República e iniciou a inserção das referidas informações no sistema para a comunicação oficial à OMSA e às autoridades chinesas.

Assim que for concluído o processo, será marcada uma reunião virtual com o governo chinês para tratar do desembargo da exportação da carne bovina ao país. “Ressalto que rapidez, eficiência e a transparência solicitada pelo presidente Lula foi fundamental. Agradeço à nossa equipe e à do governador do Pará, Helder Barbalho, que nos permitiu uma atuação rápida desde a identificação do caso”, comentou Fávaro.

Por se tratar de caso atípico, ou seja, ocorrido por causas naturais em um único animal de 9 anos de idade e com todas as providências sanitárias adotadas prontamente, o Ministério da Agricultura e Pecuária está adotando imediatamente as providências, de acordo com os protocolos sanitários, para que as exportações da carne bovina brasileira sejam restabelecidas o mais breve possível.

O diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, destacou a importância da atuação rápida do Ministério da Agricultura e Pecuária na identificação e tratamento do caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) detectado no município de Marabá (PA). Com a confirmação da OMSA de que se trata de um caso isolado e atípico, Ingold ressaltou a importância de seguir os protocolos sanitários para que as exportações de carne bovina brasileira possam ser restabelecidas o mais breve possível.

O resultado foi comemorado pelo secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).”Isso é muito positivo para a pecuária de Mato Grosso do Sul. E novamente como havia ocorrido no caso anterior se confirma que a infecção ocorre em apenas um animal e decorre da idade do bovino que desenvolveu características de doença iguais a da vaca louca”, salientou o secretário.

Jaime Verruck destacou ainda que um ponto importante agora é a necessidade de se restabelecer rapidamente a exportação de carne para a China e retirar o embargo. “Em Mato Grosso do Sul, temos três frigoríficos credenciados pra exportação de carne bovina para China e isso cria uma situação de melhoria de preços para a arroba. Por isso é importante que imediatamente o Mapa faça o desembargo”, acrescentou.

O titular da Semadesc lembra ainda que a partir de agora as medidas serão mais no âmbito diplomático. “Já pedimos por meio de ofício do Governo do Estado este desembaraço e acreditamos que em breve este comércio será restabelecido”, concluiu.

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