CARNE SUINA: Setor não deve ser afetado pelos efeitos da vaca louca, diz Sindicarne-PR

exportações de carne suína

O mercado de carne suína segue com crescimento de preços e de volume de vendas no mercado doméstico e com forte demanda externa


Os desdobramentos do episódio de “vaca louca” no Pará e a interrupção momentânea das exportações de carne bovina para a China não têm potencial para desestabilizar o mercado de carne suína, que segue com crescimento de preços e de volume de vendas no mercado doméstico e contando ainda com forte demanda externa, que deverá crescer ainda mais com a perspectiva de compras adicionais da China, analisou o Sindicarne-PR.

Para a entidade, não há a possibilidade de que uma possível queda nas cotações da carne
bovina no mercado interno interfiram nos preços das carnes suínas, porque esses mercados estão
descolados.

“Depois de conviver por um longo tempo com preços baixos e queda de consumo, o setor de suínos
vive um momento de estabilidade nos preços dos seus principais insumos e se prepara para atender um
aumento nas compras dos chineses. No mercado interno, os preços médios da parcial de fevereiro
estão superiores aos registrados em janeiro também há crescimento das exportações e de seus
preços. É hora de aproveitar bem este momento para recuperar os prejuízos acumulados nos vários
meses em que o setor amargou margens negativas”, comunicou o Sindicarne-PR

Dados do Cepea mostram que, na parcial de fevereiro (até o dia 22), produtores conseguiram
adquirir 3,7% a mais de farelo de soja do que em janeiro. No caso do milho, na mesma comparação, o
produtor consegue comprar 3,8% acima da de janeiro deste ano, efeito que também vale para a ração
dos suínos.

Já a China deve comprar mais do que o previsto pelo USDA, com um crescimento entre 2% e 2,5%
nas importações de carne suína em 2023, o que beneficia o Brasil. Segundo a Secretaria de
Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne suína in natura em 13 dias
úteis de fevereiro tiveram alta em relação a fevereiro de 2022. A receita por média diária, US$
9.369, é 29,2% maior do que a de fevereiro de 2022. Em toneladas por média diária, 3.812
toneladas, houve alta de 13,2% no comparativo com o mesmo mês de 2022. No preço pago por tonelada,
US$ 2.457, ele é 14,1% superior ao praticado em fevereiro passado.

As informações partem do Sindicarne-PR.

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