Após o estabelecimento de requisitos zoossanitários pelas autoridades sanitárias mexicanas, o acerto dos requisitos do Certificado Sanitário Internacional (CSI) entre os países e a habilitação de plantas pelo governo mexicano, o México abre mercado para carne bovina brasileira.
O Ministério da Agricultura já foi comunicado da conclusão do processo, segundo fontes que acompanham as tratativas.
Com o aval, 34 frigoríficos brasileiros poderão exportar a proteína in natura ao mercado mexicano, segundo protocolo assinado pelo país. Destes, oito já eram habilitados a exportar carne termoprocessada para o México e agora estão aptas a comercializar também o produto in natura, não havendo a necessidade de nova auditoria.
Outras 26 plantas receberam habilitação e podem aproveitar agora que o México abre mercado para carne bovina brasileira.
A expectativa do governo brasileiro era de formalizar a abertura de mercado até o início desta semana, como ocorreu, após a confirmação de que foi atípico o caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença popularmente conhecida como “mal da vaca louca”, detectado em um animal no Pará em fevereiro.
A abertura integra um rol de medidas do governo mexicano para conter a inflação local e a escalada do preço dos alimentos da cesta básica. Até então, o país comprava apenas carnes de frango e suína do Brasil.
Ontem, o Serviço Nacional de Saúde, Segurança e Qualidade Alimentar do México (Senasica) publicou os requisitos zoossanitários (HRZ), por meio das quais estabelece as condições sanitárias para a importação da carne bovina brasileira, divididas pelas regiões livres de febre aftosa sem vacinação ou que tiveram a vacinação suspensa recentemente. De acordo com os requisitos, o Brasil poderá exportar carne vermelha ao México proveniente de 14 Estados: Santa Catarina, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
A perspectiva dos exportadores é de início imediato dos embarques, não havendo barreiras tarifárias ou restrição de cotas que possam limitar as vendas externas e sem grandes dificuldades para habilitação dos frigoríficos aptos a exportar o produto. O México importa aproximadamente 1 milhão de toneladas de carnes, em geral, por ano, de acordo com dados técnicos compilados pelo Ministério da Agricultura durante o processo de autorização.