A presença dos aditivos nutricionais nas dietas e impacto sobre a qualidade da carne

SIAL

Por: Hysla Milena, zootecnista e técnica comercial da Blink Bioscience

A qualidade da carne é um aspecto amplo e importante, que afeta diretamente a procura do público consumidor por este produto. Os fatores sensoriais e tecnológicos alteram a percepção da qualidade da carne e processamento. Os principais fatores sensoriais estão associados a coloração, textura, sabor e suculência. E os tecnológicos aos processos de exsudação, oxidação e níveis de pH, por exemplo. De modo geral, raça, sistema de criação e características nutricionais das dietas podem influenciar os atributos sensoriais e tecnológicos. Por esse motivo, os aditivos nutricionais utilizados em animais de produção podem prevenir condições capazes de impactar negativamente a qualidade da carne.

Em suínos e aves, um dos principais desafios relacionados à qualidade da carne é a presença do produto PSE (do inglês: Pale, soft and exsudative). Esse tipo cárneo é resultado do decréscimo acelerado de pH e elevada temperatura muscular, a qual no momento post mortem ainda está próxima do estado fisiológico. A queda abrupta de pH ocorre devido à maior velocidade na reação de quebra do glicogênio muscular que resulta em aumento dos níveis de ácido lático. Essa mudança de pH juntamente com a temperatura elevada no tecido, causa a desnaturação e aproximação das proteínas miofibrilares, as quais compõem o músculo. Desse modo, é observada uma carne com maior capacidade de reflexão da luz (pálida) e menor capacidade de retenção de água (mole e exsudativa).  

Aditivos Alimentares
Hysla Milena, zootecnista e técnica comercial da Blink Bioscience

A presença de carnes PSE está muito relacionada ao processo de estresse pré-abate, sobretudo em decorrência do transporte dos animais. Além disso, também o estresse por calor e estresse oxidativo são agravantes para que ocorra carnes com essa classificação. As medidas adotadas para condução e abate são primordiais, mas também a adequada nutrição mineral pode ser uma aliada na mitigação dos processos estressores. O selênio e o zinco são alguns dos minerais fundamentais para os sistemas antioxidantes, principalmente por sua atuação como cofator da glutationa peroxidase e da superóxido dismutase, respectivamente. Considerando que os minerais orgânicos possuem maior eficiência de absorção, a presença desses componentes na dieta auxilia em prevenir a ocorrência de carnes PSE na indústria porcina e avícola.

Minerais orgânicos

O selênio e o zinco tem impacto direto na qualidade da carne que chega ao consumidor, que cada vez mais exige proteínas que carreguem um bom aspecto, sabor e que sejam advindas de criações sustentáveis e que visem o bem-estar animal.

A Blink Bioscience possui uma linha de minerais orgânicos preparada para atender situações como esta e trazer vários benefícios para a saúde e desempenho do rebanho, disponibilizando ao mercado soluções com alto padrão de qualidade, que resultam em maior biodisponibilidade ao organismo animal.

Por meio de minerais orgânicos quelatados a aminoácidos não específicos, di e tripeptídeos que resultam em maior eficiência de absorção – devido às ligações estabelecidas entre os íons metálicos e aminoácidos não específicos – as soluções da companhia promovem a formação de cadeias de grande estabilidade.

Para atender a este mercado, a Blink possui uma linha completa de minerais orgânicos que auxiliam produtores a alcançar melhores índices zootécnicos, como o Blink Calcium 17% e 22%; Blink Cobalt 10% e 14%; Blink Copper 17% e 22%; Blink Chromium 10 e 20; Blink Iron 17% e 22%; Blink Magnesium 10%; Blink Manganese 17% e 22%; Blink Selenium 2.0 e 6.0 e Blink Zinc 17% e 22%.

REFERÊNCIAS

DE ARAÚJO, P. D. et al. Understanding the main factors that influence consumer quality perception and attitude towards meat and processed meat products. Meat Science, v. 193, p. 108952, nov. 2022.

LEE, Y. B.; CHOI, Y. I. PSE (pale, soft, exudative) Pork : The Causes and Solutions – Review -. Asian-Australasian Journal of Animal Sciences, v. 12, n. 2, p. 244–252, 1 mar. 1999.

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