Desafios e inovações para o mercado de embalagens a vácuo

Desafios e inovações para o mercado de embalagens a vácuo

Por: Erika Ventura

Quem vê a área de refrigerados no supermercado repleta de carnes embaladas dificilmente pensa por quais etapas esse produto passou antes de chegar ali. Contudo, quem lida diariamente com esses processos sabe que a escolha do tipo de embalagem é essencial para que, no ponto de venda, a proteína seja atrativa.

Ao realizar o embalo da carne no vácuo, ela estará protegida da oxidação (ação do oxigênio), da umidade e do contato com microrganismos. Tudo isso prolongará as propriedades do sabor, do aroma, da suculência e da textura da carne.

De acordo com Paulo Roberto Borst, sócio-administrador da Maqvac, a embalagem a vácuo forma uma barreira contra a ação do oxigênio, a entrada de umidade e de novos microrganismos, e sujeiras em geral, reduzindo significativamente a atividade de microrganismos aeróbios. Isso tudo evitará a oxidação e a deterioração dos lipídios, bem como a perda de umidade da carne, mantendo sua suculência e textura.

“Quando falamos de carne, a preocupação com a higiene e a limpeza é constante. Isto ocorre porque ela é um produto que pode carregar muitas doenças e que possui uma data de validade curta, o que impõe à indústria uma corrida contra o tempo entre o início do processo de produção dos cortes nos frigoríficos até o fornecimento à mesa dos clientes finais. Se pensarmos em todas as etapas necessárias para o consumo pelo cliente final, identificamos que a carne passa por várias empresas distintas. Sendo assim, o uso de embalagens a vácuo não só reduz o desperdício de carnes que estragariam antes de chegar à casa do cidadão, como também se mostra um processo imprescindível para a manutenção das condições de higiene da carne”, explica Borst.

De que são feitas as embalagens à vácuo?

Segundo Borst, as embalagens de Nylon Poli são produzidas em filmes plásticos multicamadas compostos por, principalmente, nylon e polietileno. Já outras embalagens a vácuo, como a MRP (Máxima Resistência à Perfuração) são feitas com mais Nylon em sua composição e uma extrusão diferenciada, a qual garante maior resistência ao material possibilitando o embalo de produtos pontiagudos capazes de perfurar a embalagem.

Por fim, para as termoencolhíveis, elas levam outros polímeros os quais vão garantir uma retração do material quando aquecido formando aquela “segunda pele” no produto embalado a vácuo, oferecendo uma barreira ainda mais eficiente contra o oxigênio.

“Toda embalagem termoencolhível é uma embalagem a vácuo, mas nem toda embalagem a vácuo é uma embalagem termoencolhível. Enquanto que as embalagens a vácuo representam todo o segmento de embalagens que podem ser utilizadas no acondicionamento de produtos a vácuo, as embalagens termoencolhíveis são uma categoria específica da mesma, a qual, diferentemente das demais, é a única que possui as propriedades de encolhimento quando submetido ao calor, formando portanto uma camada de barreira que se molda ao formato do produto e que oferece a melhor proteção ao oxigênio dentre todas”.


Desafios do mercado de embalagens

Segundo o sócio da Maqvac, é o sonho de muitos empresários que trabalham com vácuo poder se utilizar de embalagens com sua própria marca já impressa na embalagem. “Isto traz muito mais confiança ao consumidor de que está consumindo um produto de qualidade, devido ao bom acabamento da apresentação do produto. Além disso, permite ao seu consumidor final conhecer melhor a empresa responsável pela fabricação de tal produto e assim voltar a consumi-lo no futuro. As impressões podem variar conforme o desejo de nosso cliente: é possível fazer em diferentes cores e tamanhos, tudo de acordo com as necessidades específicas dos clientes”, afirma.

Um dos desafios do mercado de embalagens são as questões ambientais. Preocupada em atender essas necessidades da melhor maneira, a Maqvac espera avançar com a produção de embalagens biodegradáveis, as quais se decompõem mais rapidamente no meio ambiente, reduzindo o acúmulo de resíduos plásticos. “Esperamos ver novos tipos de embalagens sendo produzidos, com materiais diferentes, que irão garantir ainda mais longevidade à vida útil do produto, como também diferentes formatos de acomodação, a exemplo do Stand Up Pouch, possibilitando assim uma redução do custo para o cliente que está na ponta”, conclui Borst.

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