Companhia abateu 171 mil animais, alta de 44% ante primeiro trimestre de 2023
A FriGol, uma das maiores e mais tradicionais processadoras de carne bovina do Brasil, encerrou o primeiro trimestre com receita líquida de R$ 822 milhões, 18% superior ao mesmo período de 2023. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 22 milhões, revertendo o Ebitda negativo de R$ 2,6 milhões na comparação trimestral. No acumulado dos 12 meses, o Ebitda foi de R$ 172 milhões, com margem de 5,3%. O resultado líquido no trimestre foi de prejuízo de R$ 5 milhões, melhora de 67% frente ao prejuízo de R$ 15 milhões no primeiro trimestre de 2023.
“Foi o segundo melhor primeiro trimestre registrado pela companhia, reforçando nossa crença de que operacionalmente – ou seja, na execução – e estrategicamente estamos no caminho certo”, explica Eduardo Miron, CEO da FriGol. “Na comparação anual, recuperamos as vendas e colhemos os frutos da ampliação de produção feita em nossas unidades no início do ano passado: produzimos mais, com custos diluídos e melhoramos as margens”, complementa.
No primeiro trimestre, a expansão no abate foi de 44% na comparação anual e o volume vendido teve um incremento de 30% ano contra ano.
No mercado interno, o volume aumentou 19%, enquanto no mercado externo a alta foi de 66%, puxada especialmente pela China, onde o aumento foi de 82%, revertendo as perdas sofridas no mesmo período de 2023. No caso de Israel, o segundo principal comprador da companhia, as vendas ficaram estáveis. Já para outros destinos, a alta no volume comercializado foi de 76%, resultado da estratégia de diversificação de mercados.
No trimestre, enfim, houve equilíbrio nas vendas para o mercado interno e externo, com cada um representando 50% do faturamento da empresa.
Em continuidade à gestão e disciplina financeira da FriGol, a empresa encerrou o mês de março com a alavancagem de 1,6x Dívida Líquida/Ebitda, considerada extremamente saudável para o segmento, segundo Eduardo Masson, CFO da FriGol.
A dívida bruta reduziu em 5% nos últimos 12 meses e em 2,5% quando comparada com o encerramento anual. O Ebitda acumulado 12 meses, de R$ 172 milhões – margem de 5,3%, foi maior em 11%, quando comparado com o primeiro trimestre de 2023, reflexo do aumento da produção e dos fatores de mercados mais adversos no primeiro trimestre do ano passado.
“Nossa agenda financeira de 2024 é acelerar no processo contínuo de melhora da estrutura de capital, tanto com contrapartes locais quanto internacionais, tais como o &Green Fund”, afirma o CFO.