Sistema de monitoramento e alerta de queimadas ajuda em gestão de riscos contra incêndios

Sistema de monitoramento e alerta de queimadas ajuda em gestão de riscos contra incêndios

Tecnologia desenvolvida pela ECCON identifica queimadas por meio de satélites e gera alertas tanto em áreas urbanas quanto rurais

A ECCON Soluções Ambientais, empresa brasileira especializada em serviços e negócios ambientais, desenvolveu um sistema que usa cartografia, satélites e tecnologia para monitorar e alertar sobre a ocorrência de queimadas. O mecanismo funciona como uma ferramenta na gestão de riscos ante o aumento de registros de focos de incêndio neste ano no país.

Por meio de imagens de satélite e geolocalização, o sistema faz o monitoramento diário e contínuo, detectando focos em tempo real dentro das propriedades monitoradas e em áreas próximas. Os responsáveis pelas propriedades recebem alertas personalizados, com mapas detalhados, permitindo uma resposta rápida e precisa no combate ao fogo.

Yuri Rugai Marinho, fundador e CEO da ECCON Soluções Ambientais, explica que o sistema pode ser aplicado tanto em áreas ruais quanto urbanas, com margem para prevenção e ação ante o registro e aproximação de focos de incêndio.

“A identificação é feita com coordenadas geográficas. Ou seja, o sistema sabe todos os lugares que tiveram queimadas e sabe posicioná-los. Os alertas podem se referir a registro de focos de incêndio dentro da área delimitada ou próxima dela”, explica.

Segundo Marcelo Stabile, gerente de carbono da ECCON Soluções Ambientais, o mecanismo traz previsibilidade ao risco ambiental, permitindo iniciativas que permitam acionar o poder público, brigadistas e a própria comunidade para proteção contra o fogo. Atualmente, a tecnologia já é utilizada para monitorar áreas em Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Acre.

“Esse sistema permite aos gestores rurais maior controle sobre o risco de incêndios, otimizando a tomada de decisões e facilitando o planejamento de ações preventivas”, afirma Stabile.

Quanto ao tempo de reação e resposta ao alerta, Marinho pondera que vai depender do raio de análise (5, 10 ou 20 quilômetros, por exemplo) e de fatores como intensidade e direção do vento e umidade do solo e da vegetação, por exemplo.

“Se o tempo estiver muito seco, o risco é maior. Se estiver chovendo ou com previsão de chuva, o risco cai. E assim vamos mapeando riscos e apoiando o produtor e a comunidade a se defender”, diz Marinho.

Além da emissão de alertas, o sistema também gera relatórios, com o histórico de ocorrência de queimada, dando mais previsibilidade aos usuários e proprietários da área de interesse. “Se um relatório não tem histórico de queimadas em vários meses, por exemplo, há um dado de que a região é mais segura do ponto de vista de fogo. Se o relatório aponta várias ocorrências, é uma área com risco maior”, explica.

A tecnologia de monitoramento e alerta de queimada foi desenvolvida pela equipe de cartografia da ECCON a partir de um programa interno de inovação. Surgiu a partir da sugestão de colaboradores e envolveu as áreas de automação, programação e criação de banco de dados (a partir de registros públicos).

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