Enzimas na nutrição animal: A ciência por trás da digestibilidade de aminoácidos

Enzimas na nutrição animal: A ciência por trás da digestibilidade de aminoácidos

A eficiência da digestão proteica é fundamental para o desempenho dos animais monogástricos, como aves e suínos. Estudos científicos demonstram que o uso de proteases exógenas na alimentação animal pode melhorar significativamente a digestão de proteínas, aumentando a absorção de aminoácidos essenciais e otimizando o uso dos nutrientes presentes nas dietas. Essa prática não só aprimora o desempenho dos animais, mas também reduz a excreção de nutrientes não digeridos para o meio ambiente.

“Proteases são enzimas que auxiliam na quebra das proteínas em componentes menores, como aminoácidos, que são essenciais para o crescimento e a produção de energia dos animais. Pesquisas indicam que a suplementação com proteases melhora a digestibilidade de aminoácidos cruciais, como lisina, metionina e treonina”, explicou Gisele Neri, gerente de marketing da unidade de Saúde e Nutrição Animal da Kemin. Além disso, a adição de proteases exógenas pode aumentar a eficiência alimentar, permitindo que os animais aproveitem melhor os nutrientes disponíveis nas dietas, o que potencialmente reduz a necessidade de ingredientes proteicos e minimiza os custos de produção.

Um estudo realizado na Massey University (Nova Zelândia) demonstrou que o produto KEMZYME™ Protease, da fabricante global de ingredientes Kemin Industries, melhora a digestibilidade dos aminoácidos em dietas de milho e farelo de soja para frangos de corte, superando proteases convencionais, mono-componentes. Os resultados mostraram um aumento significativo na liberação de aminoácidos em várias matérias-primas proteicas, como farelo de colza (+27,5%) e farelo de algodão (+25%). Outro estudo conduzido na Universidade Federal de Lavras evidenciou que a adição de KEMZYME™ Protease aumentou a digestibilidade da proteína bruta e de aminoácidos específicos, como metionina, serina, glicina e lisina, dentre outros.

A estabilidade térmica das proteases é uma característica crítica para sua eficácia já que elas são, geralmente, adicionadas na ração e precisam superar os tratamentos térmicos padrões utilizados pela indústria. A pesquisa revelou que a KEMZYME™ Protease, desenvolvida pela Kemin, mantém sua atividade enzimática mesmo após o processamento das rações em altas temperaturas, como o uso de expander. Testes realizados no Brasil confirmaram que se preservou 85% de sua atividade após o processo de peletização a 117°C por 7 segundos.

A KEMZYME™ Protease é uma solução patenteada da Kemin que combina diferentes tipos de proteases (ácida, neutra e alcalina) em um único produto. O diferencial está em seu avançado sistema de encapsulamento, incluindo um encapsulamento para garantia da termoestabilidade e outro para garantia da estabilidade gástrica. Eles protegem as enzimas durante o processamento das rações e garantem sua liberação controlada no trato digestivo dos animais, para que a protease consiga ter máximo contato com o substrato, desde pHs mais ácidos até pHs mais alcalinos.

“O sistema de encapsulamento e o blend de protease (combinando proteases ácidas, básicas e alcalinas) são capazes de proporcionar uma eficácia superior em comparação com outras proteases, oferecendo benefícios adicionais como maior flexibilidade na formulação das dietas, redução de custos e menor impacto ambiental”, finalizou Gisele.

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