Biotecnologia – ciência do futuro que já está no presente

Biotecnologia - ciência do futuro que já está no presente

Por: Juçara Pivaro

A todo momento surgem novas formas de produção e de atingir resultados que antes utilizavam outros recursos. É o caso da biotecnologia que já está presente em vários setores da economia, uma área de inovação que está em franca expansão em diversos segmentos da ciência.

Em especial a produção de alimentos é bastante impactada pelo uso da biotecnologia. Sua aplicação pode ser vista no desenvolvimento de plantas que resistem a ataque de insetos e doenças e são mais tolerantes à seca, por exemplo, garantindo uma maior produtividade com menor impacto ambiental. O uso de enzimas oriundas da biotecnologia também é um outro exemplo de aplicação no setor de alimentos, podendo por exemplo, aumentar o tempo de vida de prateleira de produtos, além da aplicação em bebidas em geral.

Marcos Pupin, diretor de Assuntos Regulatórios e Científicos da ABBI (Associação Brasileira de Bioinovação), explica: “o uso da biotecnologia na área de alimentos já vem sendo utilizada de longa data pelo ser humano. Como exemplo, podemos citar a fermentação do pão e cerveja. Mais recentemente, a biotecnologia tem sido usada, por exemplo, na produção de carne cultivada, além da produção de alimentos mais nutritivos e convenientes”

No campo, o uso da engenharia genética tem melhorado de maneira sistemática a produção de alimentos pelo desenvolvimento de variedades mais resistentes a pragas associados com uma maior produtividade por hectare cultivado.   

Pupin ressalta: “o uso da biotecnologia é uma ferramenta essencial utilizada pelos agricultores para aumentar não somente a produtividade, mas principalmente para deixá-la mais sustentável”. Menos agrotóxicos associado ao aumento da produtividade agrega maior sustentabilidade na produção de alimentos. Há também outros exemplos, como enzimas que atuam em menores temperaturas, impactando menos a cadeia produtiva. Outro benefício da aplicação da biotecnologia é que, quando utilizadas energia renovável, a produção da carne cultivada pode reduzir em até 92% a emissão de gases em relação à carne convencional. Essa conta de emissão de carbono já faz parte de todos os setores produtivos e quanto mais instrumentos, mais ganha a preservação do meio ambiente.

Pupin enfatiza: “nesse contexto, a biotecnologia na indústria alimentícia é uma ferramenta importante, principalmente com o desafio da demanda cada vez maior por alimentos de qualidade, visto o aumento da população mundial e as mudanças climáticas”.

Mais valor de mercado

Entre as empresas que atuam em biotecnologia está a Superbac e, no caso de criação de gado, além de soluções para melhorias na ambiência no campo, saúde e bem-estar animal, que estão diretamente ligadas a uma maior eficiência alimentar e rendimento de carne por animal, o uso de cepas da Superbac, como probióticos, podem reduzir a necessidade de medicamentos e antibióticos, contribuindo para práticas de criação mais sustentáveis e responsáveis, além da redução de custos.

Monique Zorzim, gerente de Novos Negócios da Superbac, complementa: “outra vantagem extremamente relevante obtida pelo uso desses produtos é o aumento do valor de mercado dos produtos cárneos. Em algumas regiões, o uso de antibióticos na criação de animais está sujeito a regulamentações rigorosas. Sendo assim, os probióticos oferecem uma alternativa que pode ajudar os produtores a cumprirem essas regulamentações, ou seja, podemos acessar mercados que pagam mais”.

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