JBS defende produtividade e parceria com toda a cadeia de valor

JBS defende produtividade e parceria com toda a cadeia de valor

JBS defende produtividade e parceria com toda a cadeia de valor para alimentar o mundo de maneira mais sustentável

Durante Fórum Esfera em Paris, diretora-executiva de Assuntos Corporativos
da JBS, Marcela Rocha, enfatizou que essas são as duas estratégias para
enfrentar os dois grandes desafios da humanidade

Para atender com sucesso a crescente demanda global por alimentos e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente, é preciso investir em produtividade e ações conjuntas com todo o setor. Essa é a visão que Marcela Rocha, diretora-executiva de Assuntos Corporativos da JBS, apresentou durante o Fórum Esfera Internacional, realizado em Paris, nos dias 13 e 14 de outubro. Durante o painel “Potencialidade do Brasil”, a porta-voz enfatizou que a fome e as mudanças climáticas são dois desafios que os tomadores de decisão, sejam do poder público, da iniciativa privada ou do terceiro setor, terão de enfrentar juntos.

“Hoje, 10% da população mundial passa fome e um terço vive em quadro de insegurança alimentar, ou seja, vai dormir sem saber se vai ter o que comer no dia seguinte”, lembrou Rocha, justificando a urgência de se produzir mais alimentos, sem perder de vista a missão de frear o aquecimento global. Diante disso, a solução passa, em primeiro lugar, por ampliar a produtividade. “Quanto mais a gente conseguir produzir, consumindo menos recursos naturais, mais pessoas a gente vai conseguir alimentar”, explicou. No entanto, apenas 2% do financiamento climático vai para o setor de alimentos, ou seja, não há injeção suficiente de recursos para impulsionar as soluções existentes, entende a porta-voz da JBS, empresa líder global em seu setor.

No que se refere à necessidade de parceria, a executiva afirma que ninguém vai conseguir resolver os dois desafios por conta própria. “A JBS, por exemplo, assumiu o compromisso global de ser Net Zero até 2040. Mas não vamos conseguir zerar nosso balanço líquido de emissões de gases de efeito estufa se formos a única empresa tentando descarbonizar a operação e se não formos capazes de trazer para perto toda a nossa cadeia de valor”, explicou.

Rocha citou como exemplo a cadeia de fornecimento de gado bovino da JBS. “A empresa monitora todos os seus fornecedores diretos diariamente, via sistema de satélite que cobre uma área de 61 milhões de hectares, equivalente à soma dos territórios da França e da Holanda, para saber a procedência daquilo que está comprando.” Segundo ela, a Companhia chegou a bloquear 18 mil produtores por descumprimento de critérios socioambientais, mas a JBS compreendeu que apenas bloquear não era suficiente. “Com isso, a gente resolvia o problema da empresa, mas não o do desmatamento no país”, justificou.

Assim, a JBS estabeleceu 19 Escritórios Verdes para oferecer assessoria técnica gratuita para que produtores de gado bovino, sejam eles da cadeia da empresa ou não, possam ampliar a produtividade e a sustentabilidade de suas fazendas. “Em pouco mais de dois anos, já ajudamos 6.700 pecuaristas a regularizarem sua produção, respeitando rigorosos critérios de compliance socioambiental, e a adotarem práticas mais eficientes”. Com isso, 2.000 hectares já foram destinados à recuperação florestal nessas propriedades.

A agricultura brasileira tem um potencial único de aumentar a produção de alimentos e absorver carbono da atmosfera, acredita a executiva. Por isso, governo e setor privado devem se apresentar internacionalmente para liderar as discussões sobre produção sustentável e compartilhar experiências positivas. “Quando a JBS participa de fóruns globais para debater essa temática, está vocalizando as boas práticas de nosso país. Todos devemos ser embaixadores do Brasil”, concluiu.

A participação de Marcela Rocha ocorreu em painel que buscou discutir o potencial do Brasil e sua influência global diante de seus vastos recursos naturais, sua população diversificada e um mercado interno considerável. Também participaram Patricia Ellen, sócia da Systemiq, Walton Alencar, ministro do Tribunal de Contas da União, e Fabio Campos, vice-presidente da Azul. A mediação ficou a cargo da jornalista Sonia Blota.

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