Balanço do setor e projeção dos números para o próximo ano foi apresentado em coletiva de imprensa híbrida nesta terça-feira (19)
São Paulo, 19 de dezembro de 2023 – O Brasil fechará 2023 com saldo positivo na produção e exportação da avicultura e da suinocultura. O ano de 2024 deverá manter a linha de crescimento, segundo projeções da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), apresentadas em coletiva de imprensa híbrida, nesta terça-feira (19), em São Paulo (SP).
Carne de frango
A produção de carne de frango deverá fechar o ano de 2023 com incremento de até 2,6% em relação ao ano passado, com mais de 14,8 milhões de toneladas. Já as exportações deverão superar a barreira de 5 milhões de toneladas, alcançando até 5,1 milhões de toneladas — número até 6,8% superior em relação a 2022.
Para 2024, projeta-se uma tendência de crescimento no setor, com até 3,7% de alta na produção de carne de frango em relação ao que deverá ser realizado em 2023, estimada em até 15,35 milhões de toneladas. Também são esperadas elevações nas exportações, com perspectiva de até 3,9% de alta em relação ao que deverá ser registrado em 2023, podendo alcançar até 5,3 milhões de toneladas enviadas ao exterior.
A disponibilidade de produtos no mercado interno também deverá registrar leve alta. Em 2023, espera-se até 9,8 milhões de toneladas, com aumento de até 1% em relação ao ano anterior. Para 2024, há expectativa de avanço em torno de até 3,6%, chegando a pouco mais de 10 milhões de toneladas disponíveis no mercado interno.
O consumo per capita de carne de frango deverá registrar elevações: em 2023, espera-se um consumo de até 46 quilos, com aumento de até 1,8% em relação a 2022; e em 2024, por sua vez, estima-se um consumo per capita de até 47 quilos, incremento de até 2,2% em relação a 2023.
“Após um primeiro semestre de desafios, o setor de carne de frango tem encontrado um balanço maior entre oferta e demanda neste segundo semestre. Ao mesmo tempo, as exportações mantiveram níveis elevados durante todo o ano, e há perspectiva de manutenção do fluxo em 2024, reforçando a posição brasileira e a confiança do mundo na capacidade da avicultura do país em apoiar a segurança alimentar das nações parceiras”, destacou Ricardo Santin, presidente da ABPA.
Carne suína
A produção de carne suína deverá apresentar um crescimento de até 2,3% em relação ao ano passado, com produção de até 5,1 milhões de toneladas. Já as exportações deverão alcançar até 1,22 milhões de toneladas, um incremento de até 8,9% em relação a 2022.
Para 2024, projeta-se um avanço de até 1% de aumento em relação a 2023, com uma produção estimada em até 5,15 milhões de toneladas. Nas exportações, a alta também deverá se confirmar, com incremento de até 6,6% em relação a este ano, com embarques de até 1,3 milhões de toneladas.
A disponibilidade de produtos no mercado interno deverá se manter estável em 2023 e 2024, em torno de 3,8 milhões de toneladas. Também é projetada estabilidade no consumo per capita nos dois anos, com cerca de 18 quilos por habitante.
“Existem boas perspectivas de incremento nas exportações a partir da abertura de novos mercados e a ampliação em destinos já consolidados, também em função da desaceleração dos embarques de importantes concorrentes, como é o caso da União Europeia e o Canadá. Por outro lado, no mercado interno, consolida-se um novo patamar de consumo, em torno de 18 quilos anuais por habitante, bem acima do que se via até alguns anos atrás”, avalia o diretor de mercados, Luis Rua.
Ovos
No caso do setor de ovos, a produção do país deverá chegar a 52,55 bilhões de unidades em 2023, aumento de até 1% em relação a 2022. As exportações, por sua vez, deverão registrar um crescimento de até 175%, com até 26 mil toneladas embarcadas no ano.
Para 2024, a tendência é de mais avanços. A produção deverá crescer até 6,5% em relação a 2023, contabilizando até 56 bilhões de unidades produzidas. As exportações deverão se manter estáveis em 26 mil toneladas, considerando o total embarcado em 2023.
O consumo per capita deverá registrar leve incremento de até 0,5% em relação ao ano passado, totalizando 242 unidades por habitante. No próximo ano, o consumo deverá crescer até 6,5%, com até 258 unidades por habitante.
“Mantendo-se há cinco anos em patamares acima da média global, o consumo de ovos em 2024 deverá se aproximar no maior nível já registrado pelo setor, indicando expectativa positiva em relação à presença desta proteína no consumo das famílias. Neste mesmo sentido, as exportações seguem tendências favoráveis ao setor, com a consolidação de importantes mercados para a proteína”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.