Estratégia é utilizada para garantir o aproveitamento do potencial de ganho fornecido pelas pastagens, assegurando o sucesso nos ganhos do rebanho
O fim do ano é a época mais favorável para a produção animal criada a pasto. No período das águas, meses entre novembro e março, os dias mais longos (maior prevalência de luz solar) e as temperaturas mais altas fazem com que a planta apresente boas taxas de crescimento. Dessa forma, o pasto pode apresentar as características necessárias para fazer com que o animal apresente bom ganho de peso.
Ao contrário do período da seca, animais em pastejo durante as águas, normalmente, alcançam ganhos de peso médios superiores a 400 g/animal/dia, segundo dados da Embrapa Gado de Corte. Nessa situação, qualquer tentativa de suplementação deve ser, exaustivamente, analisada em termos da meta a ser alcançada dentro de um determinado sistema de produção.
Suplementação nas águas
A suplementação nas chuvas tem o objetivo de melhorar o desempenho animal pelo suprimento adicional de nutrientes, alcançando intensificação do sistema com redução da idade de abate e/ou idade de primeira cria.
“Para garantir o aproveitamento total do potencial de melhores resultados fornecido pelas pastagens neste período do ano, a suplementação nas águas é ponto estratégico para garantir sucesso nos ganhos do rebanho”, explica a Responsável Técnica da Minerthal, Letícia de Souza Santos.
A maior parte da produção de bovinos no Brasil é realizada sob regime de pastagem, porém, os pastos tropicais normalmente apresentam deficiências nutricionais, que são alteradas de acordo com a condição climática de cada época do ano. Para que o animal expresse todo seu potencial produtivo e reprodutivo, essas deficiências nutricionais precisam ser corrigidas.
Durante o período das águas, a quantidade de minerais que o rebanho precisa ingerir está diretamente ligada à categoria e ao desafio produtivo que o gado está exposto. Em fazendas de cria, os animais a serem trabalhados são as matrizes, os reprodutores e os bezerros, que apresentam grande exigência por minerais, em especial do fósforo, por ser determinante na estrutura óssea corporal e composição do leite.
“Em termos nutricionais, a demanda das vacas por nutrientes é crescente para atender a manutenção, crescimento e reprodução. Dados apresentados pelo BR-Corte sugerem que a exigência de mantença de vacas zebuínas é aumentada 1,1 vezes no período médio de gestação e 1,33 vezes no período final da gestação. Isso nos mostra que a nutrição inadequada à atividade reprodutiva é a primeira a parar e a última a retornar à normalidade, representando prejuízo”, explicou Letícia.
Outro fator de fundamental importância para suplementação mineral para época das águas é a questão relacionada aos cochos. Os cochos são os “pratos” dos animais e uma situação comum de se encontrar nas fazendas é de não terem os dimensionamentos e posicionamentos corretos, o que levam a resultados insatisfatórios para o negócio.
Em relação ao seu posicionamento, a especialista explica que o ideal é em locais de fácil acesso para os animais e próximos das aguadas, já que os animais, quando vão iniciar seu processo de ruminação, querem sombra e água fresca.
“A suplementação mineral para época das águas é de fundamental importância no processo produtivo dos animais (carne e leite), devendo o produtor ficar atento ao manejo correto das pastagens e a fatores como cochos e os suplementos utilizados, de forma a potencializar os resultados da atividade pecuária”, finaliza Letícia.